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Fonte: Izabelly Mendes |
Por que as crianças permanecem em silêncio
O medo é o principal motivo. O agressor pode ser alguém da família, vizinho ou pessoa próxima, e a criança teme represálias ou rejeição. A vergonha também é intensa, especialmente em casos de abuso sexual, levando a criança a acreditar que fez algo errado ou que ninguém acreditará nela. Além disso, crianças pequenas podem não ter vocabulário suficiente para expressar o que estão sentindo, enquanto adolescentes podem temer que a denúncia desestabilize suas relações familiares ou sociais.Sinais que indicam sofrimento silencioso
- Mudanças bruscas de comportamento, como isolamento, irritabilidade ou medo excessivo.
- Desempenho escolar em queda ou evasão sem motivo aparente.
- Sintomas físicos sem causa médica clara, como dores de cabeça ou abdominais.
- Comportamentos regressivos, como choro frequente, enurese ou dependência excessiva.
- Demonstração de conhecimento sexual inadequado para a idade ou atitudes sexualizadas precoces.
Como quebrar o ciclo de abuso
- Estabelecer confiança: A criança precisa sentir que pode falar sem ser julgada ou punida. Adultos devem ouvir atentamente, validar os sentimentos e mostrar que estão ali para ajudar.
- Criar espaços seguros: Ambientes escolares e familiares devem permitir confidências. Atividades de grupo, rodas de conversa e acompanhamento psicológico podem facilitar a expressão.
- Educar sobre limites e direitos: Ensinar a criança que seu corpo é dela, que ela pode dizer “não” e que existem adultos confiáveis para procurar ajuda.
- Observar e agir: Profissionais da educação e familiares devem registrar sinais de alerta, buscar avaliação de saúde e relatar suspeitas às autoridades competentes, como o Conselho Tutelar ou o Disque 100.
- Oferecer suporte contínuo: Crianças que vivenciaram abuso precisam de acompanhamento psicológico e acompanhamento familiar para reconstruir a segurança emocional e desenvolver resiliência.
O papel da sociedade
A responsabilidade não é só da família ou da escola. A comunidade tem papel ativo: denunciar suspeitas, apoiar políticas de proteção infantil, fortalecer programas de prevenção e oferecer redes de apoio para famílias em vulnerabilidade. Conclusão
O silêncio das crianças não pode ser ignorado. Escutá-las, acreditar em suas histórias e agir rapidamente é essencial para quebrar o ciclo de abuso. Cada gesto de atenção e proteção pode transformar medo em segurança e sofrimento em esperança. Intervir a tempo é garantir que a infância seja um período de crescimento, cuidado e confiança, e não de dor e silêncio.Via: Casamento Eterno
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